Dá-me desta taça em que bebeis
Esse vinho amargo que inebria
Pois não é o rancor bebida fria
Com a qual já vos entorpeceis?
Alma a cambalear embriagada
Em baile de sombras já perdida
Foi-se toda a luz e toda a vida
Breve será a Morte saciada.
E de que me serve este viver
Se a demência já faz moradia?
E já é meu ser casa vazia
De todo e qualquer alvorecer.
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