Difícil compreender o espaço do
outro. Complicado demais trazer na pele, na carne e nos ossos a real compreensão
de que todos somos mundos, pequenos universos individuais que apenas se
esbarram vez por outra. Às vezes, de tal choque esses mundos se ligam e seguem
juntos por certo tempo. Mas nunca serão unos, jamais uma só natureza e
atmosfera. Talvez a fauna e a flora se misturem e encontrem elementos iguais
que irão se fundir e crescer, transmutar e criar híbridos poderosos. Mas sempre
haverá florestas mais sombrias. Monstros
escondidos em cavernas esquecidas. E tesouros jamais descobertos.
Somos mundos e jamais podemos
esquecer ou tentar dominar a individualidade do outro, aniquilando-a. Se
sábios, iremos nos dotar da coragem necessária para explorar, por quanto tempo
seja necessário, indo tão longe quando possamos ousar ir, no mundo do outro.
Descobrindo paisagens, vales e oceanos coloridos, nos deslumbrando e
surpreendendo com um desconhecido encantador.
Na maior parte do tempo, nos
enlevamos, mas às vezes tal viagem desbravadora é perigosa, com armadilhas
cruéis colocando a prova nossa determinação. Não devemos, entretanto, nos
intimidar. Se válido, sigamos ainda mais um pouco e um pouco mais adiante, mais
profundamente. Sigamos enquanto houver magia, entrelaçando mundos.
17 de abril,2012.
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