"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." -
Charles Bukowski

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Pequena flor amarela

Recordo que, durante a infância, na altura de meus 6 anos de idade, minha mãe costumava me dar uma florzinha amarela para comer. Era bem a cara dela isso de ensinar sobre ervas através do paladar da maioria delas, o que se provou utilíssimo pois, apesar dos anos terem levado da minha memória o nome da tal flor, nunca esqueci que tinha um sabor peculiar. Passei os anos seguintes a sua morte experimentando flores amarelas na tentativa de recuperar aquele conhecimento perdido em uma memória infantil. Tudo em vão. As flores amarelas que provei tinham gosto de mato, quando muito.
Eis que ontem, serelepe no supermercado, vou pegar couve-manteiga quando um ramo verde me chama atenção por suas florzinhas pontudas. Não exitei: fechei os dedos sobre uma delas e levei à boca, mordiscando desconfiada. Eis que o sabor picante me atinge, o cheiro suave entrando no coração e minha mãe estava ali novamente, ofertando florzinhas amarelas a uma garotinha rechonchuda.
Não tenho grandes pretensões com esse texto, apenas compartilhar minha felicidade ao reviver um momento tão gostoso. E descobrir o nome da bandida, pois estava perdida entre outros maços e ainda não identifiquei.


PS - E não é que descobri? Trata-se de do Agrião-Bravo ou Jambú.

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